O que os Bancos Centrais do mundo estão fazendo? Recentemente, analisei alguns dados e descobri um fenômeno bastante interessante.

Vamos fazer uma comparação: um grande país oriental anunciou oficialmente que comprou 1,2 toneladas de ouro em setembro deste ano, mas a Goldman Sachs estimou que na verdade adquiriu 15 toneladas — uma diferença de 12 vezes. Olhando para trás, em abril, o número oficial era de 1,9 toneladas, enquanto a Goldman Sachs calculou 27 toneladas, novamente uma diferença de 14 vezes. Essa discrepância é um pouco absurda, não acha?

De acordo com o livro razão público, o país agora tem reservas de ouro de 2304 toneladas. Mas se as estimativas do Goldman Sachs forem confiáveis (eles estimaram mais de 3000 toneladas), com essa velocidade de acumulação, não é impossível que em 2028 ultrapasse 4000 toneladas. É importante saber que esse volume é suficiente para sustentar uma rede de liquidação em ouro para metade da população do planeta.

Mais importante ainda, isso não é um caso isolado. Em setembro deste ano, os bancos centrais do mundo compraram 634 toneladas de ouro, três vezes mais do que em agosto, e a previsão para o ano é de que chegue a 850-950 toneladas. Todos estão acumulando, e o ritmo é bastante consistente.

Vejamos os dados do outro lado: desde 2022, o ouro subiu 146%, enquanto a participação do dólar nas reservas cambiais globais caiu para 58% - o que representa um novo mínimo em trinta anos. Algumas pessoas dizem que este é o ponto de inflexão da credibilidade do dólar, mas será que é realmente assim?

A direção em que os bancos centrais de vários países estão votando com os pés já é muito clara. Quanto ao que isso significa para o mundo das criptomoedas, a lógica dos ativos tradicionais de refúgio está mudando, e a narrativa das criptomoedas como "ouro digital" pode ter mais fundamento. Claro, também pode ser apenas algo que estou pensando demais.