# A Recuperação dos Futuros de Cacau: A batalha de intervalo limitado entre a redução da produção na África e a fraca demanda global
**Tendências do Mercado**: Os futuros de cacau de Nova Iorque (março) subiram 0,83% para 5.243 dólares/tonelada, enquanto os futuros de cacau de Londres caíram 2,06%. A recuperação a curto prazo deve-se principalmente à queda inesperada nas entregas nos portos da Costa do Marfim.
**Destaques da oferta**: A Costa do Marfim (o maior produtor de cacau do mundo) exportou, de 1 de outubro a 23 de novembro deste ano, um total de 618.899 toneladas de grãos de cacau, uma queda de 3,7% em relação ao ano anterior (642.500 toneladas no mesmo período do ano passado). Essa disparidade ocorreu - embora o clima na África Ocidental tenha sido bom e a colheita de vagens tenha sido abundante (7% acima da média de 5 anos), o volume real de remessas encolheu.
**Preocupações do lado da demanda**: este é o verdadeiro problema. A moagem de cacau na Ásia no terceiro trimestre caiu 17% em relação ao ano anterior, para 183.413 toneladas (um novo mínimo em 9 anos), enquanto na Europa caiu 4,8%, para 337.353 toneladas (um novo mínimo em 10 anos). As vendas de chocolate nos Estados Unidos também estão decepcionantes - as vendas do Halloween do ano passado foram "desapontadoras", e em setembro deste ano, as vendas de chocolate na América do Norte despencaram 21%.
**Sinal de reversão da oferta e da procura**: A previsão mais recente da Organização Internacional do Cacau indica que a produção global em 2024/25 aumentará para 4,84 milhões de toneladas (+7,8% em relação ao ano anterior), prevendo-se um excedente de 1,42 milhão de toneladas (pela primeira vez em 4 anos). No entanto, ao mesmo tempo, os estoques estão em crise - os estoques de cacau nos portos dos EUA caíram para o nível mais baixo em 8 meses, com mais de 1,73 milhão de sacas. A previsão de produção da Nigéria (quinto maior produtor) para 2025/26 é uma queda de 11%, para 305 mil toneladas, restringindo ainda mais a oferta.
**Variáveis**: A União Europeia anunciou um adiamento de um ano da Regulamentação de Desmatamento (EUDR), aliviando o pânico anterior em relação ao fornecimento; o governo Trump cancelou em novembro a tarifa de 10% sobre produtos agrícolas não americanos. Estas mudanças nas políticas podem remodelar as expectativas de demanda.
**Dicas de Investimento**: O cacau está em um período de descompasso entre oferta e demanda — aumento da produção, mas queda nas vendas, baixos estoques, mas demanda fraca. No curto prazo, pode-se buscar direção nos dados dos portos e no progresso da colheita na África Ocidental.
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# A Recuperação dos Futuros de Cacau: A batalha de intervalo limitado entre a redução da produção na África e a fraca demanda global
**Tendências do Mercado**: Os futuros de cacau de Nova Iorque (março) subiram 0,83% para 5.243 dólares/tonelada, enquanto os futuros de cacau de Londres caíram 2,06%. A recuperação a curto prazo deve-se principalmente à queda inesperada nas entregas nos portos da Costa do Marfim.
**Destaques da oferta**: A Costa do Marfim (o maior produtor de cacau do mundo) exportou, de 1 de outubro a 23 de novembro deste ano, um total de 618.899 toneladas de grãos de cacau, uma queda de 3,7% em relação ao ano anterior (642.500 toneladas no mesmo período do ano passado). Essa disparidade ocorreu - embora o clima na África Ocidental tenha sido bom e a colheita de vagens tenha sido abundante (7% acima da média de 5 anos), o volume real de remessas encolheu.
**Preocupações do lado da demanda**: este é o verdadeiro problema. A moagem de cacau na Ásia no terceiro trimestre caiu 17% em relação ao ano anterior, para 183.413 toneladas (um novo mínimo em 9 anos), enquanto na Europa caiu 4,8%, para 337.353 toneladas (um novo mínimo em 10 anos). As vendas de chocolate nos Estados Unidos também estão decepcionantes - as vendas do Halloween do ano passado foram "desapontadoras", e em setembro deste ano, as vendas de chocolate na América do Norte despencaram 21%.
**Sinal de reversão da oferta e da procura**: A previsão mais recente da Organização Internacional do Cacau indica que a produção global em 2024/25 aumentará para 4,84 milhões de toneladas (+7,8% em relação ao ano anterior), prevendo-se um excedente de 1,42 milhão de toneladas (pela primeira vez em 4 anos). No entanto, ao mesmo tempo, os estoques estão em crise - os estoques de cacau nos portos dos EUA caíram para o nível mais baixo em 8 meses, com mais de 1,73 milhão de sacas. A previsão de produção da Nigéria (quinto maior produtor) para 2025/26 é uma queda de 11%, para 305 mil toneladas, restringindo ainda mais a oferta.
**Variáveis**: A União Europeia anunciou um adiamento de um ano da Regulamentação de Desmatamento (EUDR), aliviando o pânico anterior em relação ao fornecimento; o governo Trump cancelou em novembro a tarifa de 10% sobre produtos agrícolas não americanos. Estas mudanças nas políticas podem remodelar as expectativas de demanda.
**Dicas de Investimento**: O cacau está em um período de descompasso entre oferta e demanda — aumento da produção, mas queda nas vendas, baixos estoques, mas demanda fraca. No curto prazo, pode-se buscar direção nos dados dos portos e no progresso da colheita na África Ocidental.