Os futuros do açúcar acabaram de disparar para os seus níveis mais altos em cinco semanas, e há uma luta entre as restrições de oferta e as previsões de excedente.
O Catalisador Altista: Brasil Aperta a Oferta
A StoneX acaba de rebaixar a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil para 41,5 milhões de toneladas métricas (MMT)—uma queda de 0,6 MMT em relação à estimativa de setembro. Este corte modesto provocou o rali de hoje: o açúcar de março de NY (SBH26) subiu 1,41%, enquanto o açúcar branco ICE de Londres (SWH26) ganhou 1,31%.
Mas aqui está o truque—A Índia acabou de lançar outra bomba na questão do suprimento. Nova Délhi está considerando aumentar os preços do etanol para incentivar as usinas a moer cana para combustível em vez de açúcar, potencialmente reduzindo os suprimentos globais de açúcar. Enquanto isso, a Índia limitou as exportações de açúcar a 1,5 MMT para 2025/26 (, em comparação com 2 MMT), apertando ainda mais o mercado global.
A Verificação da Realidade Baixista: Excedente a Caminho
Ainda não estoure o champanhe. A Organização Internacional do Açúcar (ISO) acabou de mudar o discurso—prevendo um excedente de 1,625 MMT para 2025-26, uma reversão acentuada em relação ao déficit de 2,916 MMT do ano passado. Por que essa mudança? Três palavras: Índia, Tailândia, Paquistão.
Aqui está o quadro macro: A produção global de açúcar deverá aumentar 3,2% em relação ao ano anterior, alcançando 181,8 MMT em 2025-26, enquanto o consumo sobe apenas 1,4%. Esse excedente irá pressionar os preços em 2026.
Os Números Por Trás da Mudança
Explosão de produção na Índia: A Associação dos Moinhos de Açúcar da Índia (ISMA) acabou de aumentar as estimativas para 2025/26 para 31 MMT, de 30 MMT—um salto de 18,8% em relação ao ano anterior. Alguns analistas são ainda mais otimistas, projetando 34,9 MMT (crescimento de 19% em relação ao ano anterior), graças às chuvas de monção abundantes e ao aumento da área cultivada.
A resiliência do Brasil: Apesar do corte da StoneX, a produção acumulada do Centro-Sul até outubro aumentou 1,6% em relação ao ano anterior, para 38,085 MMT. As usinas estão desviando mais cana para açúcar (46,02% vs. 45,91% do ano passado), sinalizando taxas de moagem fortes.
Contribuição da Tailândia: O terceiro maior produtor de açúcar do mundo está a aumentar também—espera-se que a colheita de 2025/26 atinja 10,5 MMT (+5% a/a).
A Conclusão
Sim, os cortes de fornecimento do Brasil são reais. Sim, as restrições de exportação da Índia acrescentam atrito. Mas o elefante na sala é um excesso global iminente que pode arrastar os preços para baixo uma vez que a poeira assente. Os altos de 5 semanas de hoje podem ser uma ilusão—os traders estão a precificar uma escassez a curto prazo, mas os fundamentos a médio prazo sugerem que um excesso de oferta está a caminho.
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Aperto no Mercado do Açúcar: Por que os cortes de produção do Brasil estão enviando os preços para máximas de 5 semanas
Os futuros do açúcar acabaram de disparar para os seus níveis mais altos em cinco semanas, e há uma luta entre as restrições de oferta e as previsões de excedente.
O Catalisador Altista: Brasil Aperta a Oferta
A StoneX acaba de rebaixar a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil para 41,5 milhões de toneladas métricas (MMT)—uma queda de 0,6 MMT em relação à estimativa de setembro. Este corte modesto provocou o rali de hoje: o açúcar de março de NY (SBH26) subiu 1,41%, enquanto o açúcar branco ICE de Londres (SWH26) ganhou 1,31%.
Mas aqui está o truque—A Índia acabou de lançar outra bomba na questão do suprimento. Nova Délhi está considerando aumentar os preços do etanol para incentivar as usinas a moer cana para combustível em vez de açúcar, potencialmente reduzindo os suprimentos globais de açúcar. Enquanto isso, a Índia limitou as exportações de açúcar a 1,5 MMT para 2025/26 (, em comparação com 2 MMT), apertando ainda mais o mercado global.
A Verificação da Realidade Baixista: Excedente a Caminho
Ainda não estoure o champanhe. A Organização Internacional do Açúcar (ISO) acabou de mudar o discurso—prevendo um excedente de 1,625 MMT para 2025-26, uma reversão acentuada em relação ao déficit de 2,916 MMT do ano passado. Por que essa mudança? Três palavras: Índia, Tailândia, Paquistão.
Aqui está o quadro macro: A produção global de açúcar deverá aumentar 3,2% em relação ao ano anterior, alcançando 181,8 MMT em 2025-26, enquanto o consumo sobe apenas 1,4%. Esse excedente irá pressionar os preços em 2026.
Os Números Por Trás da Mudança
Explosão de produção na Índia: A Associação dos Moinhos de Açúcar da Índia (ISMA) acabou de aumentar as estimativas para 2025/26 para 31 MMT, de 30 MMT—um salto de 18,8% em relação ao ano anterior. Alguns analistas são ainda mais otimistas, projetando 34,9 MMT (crescimento de 19% em relação ao ano anterior), graças às chuvas de monção abundantes e ao aumento da área cultivada.
A resiliência do Brasil: Apesar do corte da StoneX, a produção acumulada do Centro-Sul até outubro aumentou 1,6% em relação ao ano anterior, para 38,085 MMT. As usinas estão desviando mais cana para açúcar (46,02% vs. 45,91% do ano passado), sinalizando taxas de moagem fortes.
Contribuição da Tailândia: O terceiro maior produtor de açúcar do mundo está a aumentar também—espera-se que a colheita de 2025/26 atinja 10,5 MMT (+5% a/a).
A Conclusão
Sim, os cortes de fornecimento do Brasil são reais. Sim, as restrições de exportação da Índia acrescentam atrito. Mas o elefante na sala é um excesso global iminente que pode arrastar os preços para baixo uma vez que a poeira assente. Os altos de 5 semanas de hoje podem ser uma ilusão—os traders estão a precificar uma escassez a curto prazo, mas os fundamentos a médio prazo sugerem que um excesso de oferta está a caminho.