Courts indianos reconhecem exchanges roubadas como propriedade legal



No sábado passado, o Tribunal Superior de Madras, na Índia, emitiu uma decisão histórica, confirmando oficialmente que as criptomoedas constituem uma forma de propriedade sob o quadro legal indiano.

Esta decisão decorre de um incidente de hacking na exchange WazirX em julho de 2024, no qual um investidor perdeu Ethereum e tokens ERC-20 no valor de 2,3 mil milhões de dólares.

Após o ataque, todas as contas de utilizador, incluindo a do investidor, foram congeladas. O investidor procurou proteção legal localmente e processou a matriz da exchange.

O juiz principal N. Anand Venkatesh afirmou na sentença que as criptomoedas são uma propriedade, que não é nem tangível nem moeda, mas uma forma de propriedade que pode ser usufruída e detida, podendo também ser mantida em confiança.

O tribunal também reconheceu que as criptomoedas possuem as principais características de uma propriedade, nomeadamente identificabilidade, transferibilidade, e controlo através de Chaves privadas. Além disso, a decisão citou as disposições da Lei do Imposto de Renda de 1961, classificando as criptomoedas como “ativos digitais virtuais”.

No que diz respeito à principal controvérsia do caso, o tribunal rejeitou a alegação da Zanmai Labs, matriz da exchange, de que os investidores deveriam partilhar as perdas do hacking. O juiz destacou que os tokens XRP detidos pelos investidores são completamente diferentes dos tokens ERC-20 roubados no incidente, devendo ser tratados de forma distinta. Esta decisão estabelece um precedente importante na proteção dos direitos dos investidores em criptomoedas.

No que toca à jurisdição, o tribunal afirmou que as autoridades judiciais indianas têm jurisdição sobre os ativos digitais localizados no país, não estando sujeitas às regras de arbitragem de Singapura. O juiz salientou que, uma vez que as negociações ocorreram em Chennai, utilizando contas bancárias indianas, e que a Zanmai Labs está registada na autoridade de inteligência financeira da Índia, o caso deve ser julgado pelos tribunais indianos.

Ao mesmo tempo, o juiz apelou às plataformas Web 3 para manterem padrões elevados de governação corporativa, incluindo a realização de custódia independente de fundos de clientes, auditorias independentes e a implementação de protocolos rigorosos de KYC e combate à lavagem de dinheiro.

Em suma, esta decisão do Tribunal Superior de Madras não só fornece uma confirmação autoritária do estatuto legal das criptomoedas na Índia, como também aponta o caminho para a regulamentação do mercado de ativos digitais no país.

#数字财产权 # Governança Web 3
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