Recentemente, deparei-me com uma consulta que me fez perceber que era preciso dizer alguma coisa.

Alguém perguntou se era possível "quebrar" uma carteira fria de uma marca, alegando que ouviu dizer que no mercado há equipas que conseguiram fazer uma força bruta em carteiras antigas de há 5 anos, recuperando quase 4 milhões de ativos. "Vocês também conseguem fazer isso?"

Ao ver essa questão, só me veio à cabeça uma palavra: **sinal de perigo**.

Nem todo o dinheiro deve ser ganho. Este setor já é suficientemente complexo, não precisando de mais "tecnologias negras para quebrar chaves privadas" ou mitos semelhantes.

Mais assustador ainda — há quem acredite que recorrer a "quebrar carteiras" seja uma solução para o problema.

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# Recuperação de ativos de carteiras ≠ força bruta na chave privada

Não se deixem enganar por esses "casos lendários".

As verdadeiras situações em que é possível recuperar ativos com sucesso dependem geralmente destes pré-requisitos:

✓ Aprovação total do utilizador
✓ Informação residual utilizável no dispositivo original
✓ Fragmentos de frase-semente que podem ser parcialmente recuperados
✓ Assistência através de procedimentos legais

**E não cenas de filmes onde se escreve umas linhas de código e os ativos desaparecem.**

Qualquer ação que bypass a aprovação, ataque forçado ou tentativa de quebrar a chave privada, é, na prática, roubo, e envolve responsabilidade criminal. A "descentralização" no mundo da encriptação não significa que a lei não se aplique.

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# A abordagem inteligente: desenhar a recuperabilidade desde o início

Acredita mesmo que, se perder a carteira, só há esperança de um "hacker"?

Isso é pensamento Web2.