Quão agressiva foi esta queda do Bitcoin? Em apenas 11 dias, passou diretamente de 107.000 dólares para 85.000 dólares.

O mais estranho é que — mesmo depois desta queda, os compradores continuam a resistir ferozmente.

Basta olhar para os dados on-chain:

Nas últimas 24 horas, foram liquidados 1,87 mil milhões de dólares, dos quais 87% pertenciam a posições longas.
A liquidação acumulada numa semana foi de 5 a 7 mil milhões de dólares.
Posições abertas em BTC totalizam 58,55 mil milhões, e em ETH, 32,72 mil milhões.

Mas aqui está o mais importante:

O rácio entre contas longas e curtas numa grande exchange chega a 2,67:1, uma vantagem esmagadora para os longos.
O rácio entre longos e curtos dos traders de topo é ainda mais exagerado: 3,38:1.
Na maior parte do tempo, a taxa de financiamento ainda é positiva — o que significa que os longos estão a “pagar para manter” as suas posições.

Traduzindo: o preço das moedas cai a pique, as liquidações acontecem em massa e, mesmo assim, os longos não só não fogem como continuam a reforçar as suas posições.

O que é que isto revela?

A pressão dos curtos não é assim tão forte.
A verdadeira capitulação por pânico pode ainda nem ter começado.
Se houver mais uma grande queda, a confiança dos longos pode desmoronar-se num instante.

O cenário atual parece-se bastante com aquele perigoso triângulo de “longos teimosos + curtos frios + liquidez esgotada”.

Achas que os 85.000 são mesmo o fundo deste ciclo? Ou será que o verdadeiro pânico ainda agora começou?