Durante décadas, a Segurança Social tem sido a espinha dorsal que mantém milhões de aposentados, trabalhadores com deficiência e sobreviventes americanos à tona. Atualmente, quase 63 milhões de pessoas dependem destes cheques, e mais de um terço delas depende deles para evitar a pobreza. No entanto, este programa crítico enfrenta uma crise sem precedentes que irá transformar a reforma da aposentadoria para as futuras gerações.
A Bomba-relógio
Todos os anos, o Conselho de Administração da Segurança Social emite um alerta que a maioria dos americanos ignora. Desde 1985, os seus relatórios alertam consistentemente que as receitas a longo prazo não suportarão o calendário de pagamentos existente. A aposentadoria dos baby boomers, o aumento da longevidade, a diminuição do número de nascimentos e a crescente desigualdade de rendimentos estão a pressionar as finanças do programa.
Os números contam uma história dura: espera-se que a Segurança Social comece a pagar mais do que arrecada em breve—algo que não acontecia desde 1982. Embora as insuficiências iniciais pareçam geríveis em comparação com os 2,9 trilhões de dólares em reservas de ativos atualmente detidos, prevê-se que elas acelerem rapidamente. Até 2034, de acordo com as estimativas do Conselho, essas reservas estarão completamente esgotadas. Sem ação legislativa, os aposentados poderão enfrentar uma redução geral dos benefícios de até 21%. Isso é aterrorizante para os 62% de aposentados cujos cheques da Segurança Social representam pelo menos metade da sua renda.
Quem tomou emprestado da Segurança Social? A resposta pode surpreendê-lo
Muitos americanos acreditam que o Congresso saqueou os fundos da Segurança Social, deixando o programa insolvente. Essa teoria circula há anos: o governo federal emprestou o superávit do programa e nunca o devolveu, essencialmente roubando os benefícios futuros dos aposentados.
Mas aqui está o que realmente aconteceu—e por que a narrativa é mais complicada do que a maioria percebe.
Desde 1983, a Segurança Social acumulou aproximadamente 2,9 trilhões de dólares em superávits líquidos de caixa. Isso mesmo: o programa arrecadou mais dinheiro do que gastou em quase quatro décadas. Então, para onde foi todo esse dinheiro?
Por lei federal, esses superávits devem ser investidos em títulos do governo de emissão especial e certificados de dívida. Em troca, o governo federal ganhou acesso a uma capacidade de empréstimo de 2,9 trilhões de dólares para as suas operações orçamentais regulares. Não é tão escandaloso quanto parece—e aqui está o porquê.
O Mal-entendido: Por que o Congresso na verdade não “roubou” da Segurança Social
A alegação popular de que o Congresso pilhou bilhões da Segurança Social não se sustenta sob escrutínio. Sim, o governo federal emprestou 2,9 trilhões de dólares—mas não desviou um centavo. Seja a Segurança Social parte do orçamento unificado ou separado, nenhuma das suas fontes de financiamento foi misturada nas despesas regulares do governo.
Mais importante ainda: a Segurança Social já está sendo compensada. Esses títulos de emissão especial rendem uma média de 2,85% ao ano. No final de 2018, o programa tinha ganho 85,1 bilhões de dólares em juros só naquele ano. Entre 2018 e 2027, espera-se que esses investimentos gerem $804 bilhões em juros acumulados—dinheiro que flui diretamente de volta para o Fundo de Reserva da Segurança Social.
Pense assim: dinheiro parado em um cofre perde poder de compra devido à inflação a cada ano e não gera rendimento algum. Os títulos do governo, por outro lado, ganham dinheiro ativamente para o programa. Essa receita de juros é crucial para estender os ativos do programa por mais tempo.
Por que pagar a dívida na verdade prejudicaria a Segurança Social
Alguns defensores exigem que o Congresso pague toda a dívida de 2,9 trilhões de dólares emprestada à Segurança Social, alegando que assim o programa seria “salvo”. Mas isso ignora uma realidade econômica fundamental: o total de ativos no fundo não mudaria. Seja o programa detentor de 2,9 trilhões de dólares em títulos ou em dinheiro, os ativos permanecem iguais.
O que mudaria seria a fonte de receita. Forçar o pagamento eliminaria a receita de juros que o programa atualmente gera. Em vez de ganhar centenas de bilhões de dólares anualmente, a Segurança Social teria dinheiro ocioso, constantemente corroído pela inflação. Isso aceleraria o caminho do programa para a insolvência.
Além disso, o Congresso precisaria encontrar 2,9 trilhões de dólares em empréstimos alternativos para cobrir o pagamento—transferindo a carga financeira para outro lugar no orçamento federal, sem resolver o problema de fundo.
A questão real: Demografia, não má-fé
A verdade é que o Congresso não é o culpado pelos problemas da Segurança Social, nem o governo está a roubar o fundo. O verdadeiro culpado é a realidade demográfica: menos trabalhadores sustentando mais aposentados, com as pessoas a viverem mais do que nunca.
Quando a Segurança Social foi criada em 1935, a matemática funcionava. Vários trabalhadores em idade ativa contribuíam para os benefícios de cada aposentado. Hoje, essa proporção encolheu drasticamente. Sem reformas na receita, nos benefícios ou ambos, a matemática simplesmente não funciona mais—não importa quanto dinheiro seja investido em títulos do governo.
A solução exige escolhas difíceis: aumentar os impostos sobre a folha de pagamento, ajustar os benefícios, aumentar a idade de aposentadoria ou alguma combinação dessas opções. Essas são as verdadeiras discussões políticas que importam. Atribuir ao Congresso a culpa por “roubar” da Segurança Social desvia a atenção das mudanças sistêmicas que o programa realmente precisa.
A Segurança Social enfrenta um desafio genuíno, mas a má compreensão de quem tomou emprestado o quê, e por quê, impede uma discussão produtiva sobre soluções reais.
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Quem Realmente Emprestou da Segurança Social? Por que o Congresso Não é o Vilão
Durante décadas, a Segurança Social tem sido a espinha dorsal que mantém milhões de aposentados, trabalhadores com deficiência e sobreviventes americanos à tona. Atualmente, quase 63 milhões de pessoas dependem destes cheques, e mais de um terço delas depende deles para evitar a pobreza. No entanto, este programa crítico enfrenta uma crise sem precedentes que irá transformar a reforma da aposentadoria para as futuras gerações.
A Bomba-relógio
Todos os anos, o Conselho de Administração da Segurança Social emite um alerta que a maioria dos americanos ignora. Desde 1985, os seus relatórios alertam consistentemente que as receitas a longo prazo não suportarão o calendário de pagamentos existente. A aposentadoria dos baby boomers, o aumento da longevidade, a diminuição do número de nascimentos e a crescente desigualdade de rendimentos estão a pressionar as finanças do programa.
Os números contam uma história dura: espera-se que a Segurança Social comece a pagar mais do que arrecada em breve—algo que não acontecia desde 1982. Embora as insuficiências iniciais pareçam geríveis em comparação com os 2,9 trilhões de dólares em reservas de ativos atualmente detidos, prevê-se que elas acelerem rapidamente. Até 2034, de acordo com as estimativas do Conselho, essas reservas estarão completamente esgotadas. Sem ação legislativa, os aposentados poderão enfrentar uma redução geral dos benefícios de até 21%. Isso é aterrorizante para os 62% de aposentados cujos cheques da Segurança Social representam pelo menos metade da sua renda.
Quem tomou emprestado da Segurança Social? A resposta pode surpreendê-lo
Muitos americanos acreditam que o Congresso saqueou os fundos da Segurança Social, deixando o programa insolvente. Essa teoria circula há anos: o governo federal emprestou o superávit do programa e nunca o devolveu, essencialmente roubando os benefícios futuros dos aposentados.
Mas aqui está o que realmente aconteceu—e por que a narrativa é mais complicada do que a maioria percebe.
Desde 1983, a Segurança Social acumulou aproximadamente 2,9 trilhões de dólares em superávits líquidos de caixa. Isso mesmo: o programa arrecadou mais dinheiro do que gastou em quase quatro décadas. Então, para onde foi todo esse dinheiro?
Por lei federal, esses superávits devem ser investidos em títulos do governo de emissão especial e certificados de dívida. Em troca, o governo federal ganhou acesso a uma capacidade de empréstimo de 2,9 trilhões de dólares para as suas operações orçamentais regulares. Não é tão escandaloso quanto parece—e aqui está o porquê.
O Mal-entendido: Por que o Congresso na verdade não “roubou” da Segurança Social
A alegação popular de que o Congresso pilhou bilhões da Segurança Social não se sustenta sob escrutínio. Sim, o governo federal emprestou 2,9 trilhões de dólares—mas não desviou um centavo. Seja a Segurança Social parte do orçamento unificado ou separado, nenhuma das suas fontes de financiamento foi misturada nas despesas regulares do governo.
Mais importante ainda: a Segurança Social já está sendo compensada. Esses títulos de emissão especial rendem uma média de 2,85% ao ano. No final de 2018, o programa tinha ganho 85,1 bilhões de dólares em juros só naquele ano. Entre 2018 e 2027, espera-se que esses investimentos gerem $804 bilhões em juros acumulados—dinheiro que flui diretamente de volta para o Fundo de Reserva da Segurança Social.
Pense assim: dinheiro parado em um cofre perde poder de compra devido à inflação a cada ano e não gera rendimento algum. Os títulos do governo, por outro lado, ganham dinheiro ativamente para o programa. Essa receita de juros é crucial para estender os ativos do programa por mais tempo.
Por que pagar a dívida na verdade prejudicaria a Segurança Social
Alguns defensores exigem que o Congresso pague toda a dívida de 2,9 trilhões de dólares emprestada à Segurança Social, alegando que assim o programa seria “salvo”. Mas isso ignora uma realidade econômica fundamental: o total de ativos no fundo não mudaria. Seja o programa detentor de 2,9 trilhões de dólares em títulos ou em dinheiro, os ativos permanecem iguais.
O que mudaria seria a fonte de receita. Forçar o pagamento eliminaria a receita de juros que o programa atualmente gera. Em vez de ganhar centenas de bilhões de dólares anualmente, a Segurança Social teria dinheiro ocioso, constantemente corroído pela inflação. Isso aceleraria o caminho do programa para a insolvência.
Além disso, o Congresso precisaria encontrar 2,9 trilhões de dólares em empréstimos alternativos para cobrir o pagamento—transferindo a carga financeira para outro lugar no orçamento federal, sem resolver o problema de fundo.
A questão real: Demografia, não má-fé
A verdade é que o Congresso não é o culpado pelos problemas da Segurança Social, nem o governo está a roubar o fundo. O verdadeiro culpado é a realidade demográfica: menos trabalhadores sustentando mais aposentados, com as pessoas a viverem mais do que nunca.
Quando a Segurança Social foi criada em 1935, a matemática funcionava. Vários trabalhadores em idade ativa contribuíam para os benefícios de cada aposentado. Hoje, essa proporção encolheu drasticamente. Sem reformas na receita, nos benefícios ou ambos, a matemática simplesmente não funciona mais—não importa quanto dinheiro seja investido em títulos do governo.
A solução exige escolhas difíceis: aumentar os impostos sobre a folha de pagamento, ajustar os benefícios, aumentar a idade de aposentadoria ou alguma combinação dessas opções. Essas são as verdadeiras discussões políticas que importam. Atribuir ao Congresso a culpa por “roubar” da Segurança Social desvia a atenção das mudanças sistêmicas que o programa realmente precisa.
A Segurança Social enfrenta um desafio genuíno, mas a má compreensão de quem tomou emprestado o quê, e por quê, impede uma discussão produtiva sobre soluções reais.