Como o gasto público fica permanentemente fixado:

Assim que os fundos públicos entram em qualquer setor, tornar cortes orçamentais quase impossível. Cada proposta de redução de dotações desencadeia a mesma resposta previsível: "serviços críticos irão colapsar, as pessoas irão sofrer."

Isto cria uma engrenagem unidirecional—o gasto só aumenta. A opção politicamente mais custosa é sempre manter ou expandir.

Por que isto importa para os mercados? Porque a mesma lógica se aplica à política monetária e aos quadros regulatórios. Uma vez que medidas de estímulo ou programas de subsídio estão incorporados, revertê-los provoca pânico no mercado e resistência institucional.

É menos uma questão de ideologia, mais de como funcionam as estruturas de incentivo—e por que a inflação, as bolhas de ativos e o gasto deficitário perpétuo se tornam características estruturais em vez de soluções temporárias.