Recentemente, o desempenho do mercado tem sido realmente assustador. O CEO da Tesla, Elon Musk, tem mencionado frequentemente a crise de dívida de 38 trilhões de dólares dos EUA, e assim que essas declarações foram feitas, o mercado reagiu imediatamente de forma negativa.

O Bitcoin foi o mais afetado. De um pico de 88.000 dólares, caiu brevemente abaixo de 86.000, com 190.000 traders sendo liquidados em 24 horas, e aproximadamente 5 bilhões de dólares em contratos evaporaram-se. Ainda mais doloroso, desde o pico de outubro do ano passado, o $BTC já caiu mais de 30%, e o ganho anual foi praticamente revertido. Isso não parece uma simples correção, mas sim uma reação em cadeia desencadeada por liquidações de alavancagem — o primeiro dominó já caiu. As altcoins como $ZEC, $BNB e outras estão apresentando um desempenho ainda mais desolador.

Um contraste interessante é que, enquanto o mercado de criptomoedas está em crise, os metais preciosos estão subindo de forma agressiva. A prata e o platina tiveram um aumento de quase 180% no ano, e o ouro atingiu uma nova máxima histórica de 4400 dólares. Isso já não é apenas uma questão de busca por refúgio, mas parece uma reavaliação da liquidez global, uma recuperação na demanda industrial e uma preocupação coletiva com o poder de compra do papel-moeda. Os fundos estão escapando de ativos de alto risco, mas sem destinos adequados, acabando por migrar para esses "ativos tangíveis" e visíveis.

Ainda mais preocupante é o sinal de colapso no setor de tecnologia. A Nvidia perdeu trilhões de dólares em valor de mercado em apenas dois dias, enquanto Oracle e Broadcom também tiveram quedas. O mais recente relatório do Goldman Sachs revela a farsa do hype de IA: a dívida tecnológica cresceu 300% em três anos, e projetos de IA tornaram-se um buraco sem fundo para gastar dinheiro, com empresas líderes como OpenAI já apresentando perdas anuais na casa dos bilhões. Essa cena lembra a sensação de que uma bolha está prestes a estourar.

Outro risco é a pressão de alta nos custos de matérias-primas. Os preços de carbonato de lítio e de cobalto continuam a subir, e as montadoras e fabricantes de baterias já estão repassando esses custos para a cadeia de suprimentos. A pressão inflacionária parece estar voltando à tona. Neste momento, é prudente adotar uma postura mais cautelosa em relação ao ritmo do mercado.