No início de 2025, os mercados financeiros globais foram abalados por uma série de políticas comerciais radicais. A implementação de tarifas comerciais pressionou o dólar, que se desvalorizou até 12% a curto prazo, criando o pior começo em quase 50 anos. Ao mesmo tempo, o mercado de ações dos EUA mostrou uma resiliência extraordinária — embora o S&P 500 tenha caído mais de 15% no início, seguiu-se uma recuperação agressiva, com o índice atingindo a marca de 7000 pontos.

Por trás dessa aparente contradição, reflete-se uma compreensão divergente do mercado sobre as perspectivas de liquidez. Wall Street anteriormente depositava esperança na hipótese de que a inflação sustentaria a força do dólar, mas essa expectativa foi completamente desfeita diante da realidade. As escolhas dos investidores foram claras: fluxo de capital para as ações americanas em busca de crescimento, ao mesmo tempo em que vendiam ativos denominados em dólares.

Diante de múltiplas pressões — aumento das tensões comerciais, preocupações com uma bolha tecnológica, alta dívida governamental — o Federal Reserve adotou uma postura incomum de estímulo, reduzindo a taxa de juros em três ocasiões consecutivas. Embora essa ação tenha gerado debates sobre a independência do banco central, as expectativas de liquidez abundante já estavam formadas.

Nesse contexto macroeconômico, ativos criptográficos como Bitcoin, Ethereum e outros tornaram-se novas opções de diversificação de risco para os investidores. A desvalorização do dólar costuma favorecer a alocação em ativos alternativos, enquanto a incerteza do mercado também elevou o interesse por instrumentos de proteção.