O mercado de carbono enfrenta um problema clássico — o duplo gasto. Uma usina de energia eólica, após gerar 1000 kWh, vende a eletricidade para a rede elétrica e obtém lucros, além de empacotar e vender o certificado de "atributo verde" de 1000 kWh para a Apple. Ainda mais absurdo, devido à desconexão entre bancos de dados regionais, o mesmo certificado é vendido também para o Google. Uma mesma energia verde é contada várias vezes, distorcendo gravemente a veracidade da compensação de carbono.

Para eliminar esse problema na origem, é necessário uma transformação fundamental. Uma abordagem é implantar diretamente um nó no sistema SCADA da turbina eólica. A cada 1 MWh gerado, um NFT Dinâmico é automaticamente criado, registrando metadados completos como Source(número da turbina), Time(carimbo de data/hora), Amount(quantidade), Grid_Hash(hash na blockchain), etc. Este NFT é único e impossível de copiar.

A verdadeira proteção está na ponta do uso. Para compensar emissões de carbono, a Apple deve destruir ativamente esse NFT na blockchain, usando(Burn). O registro de destruição fica permanentemente disponível para consulta. Se o Google quiser comprar o mesmo NFT, a blockchain imediatamente exibirá Status: Burned — já destruído, e a transação não pode continuar. O bloqueio duplo, na camada física e na criptografia, garante que a revenda seja completamente inviável.

Uma vez amadurecida essa lógica, o crédito de carbono poderá ser padronizado como ativos ERC-20 ou ERC-721, possibilitando uma negociação transparente da liquidez de carbono global.