Caros traders macro, pesquisadores de bancos centrais e emissores de stablecoins, já pensaram nesta questão — os números de reserva no balanço do banco central, realmente podem ser confiáveis?

Revise a história de 1997. O banco central da Tailândia tinha 300 bilhões de dólares em reservas, parece suficiente. Mas na prática? Eles tinham um contrato a termo de venda de 290 bilhões de dólares no mercado offshore para intervir na taxa de câmbio. Qual era a reserva líquida real? Apenas 10 bilhões de dólares. Esses dados tão críticos, ficaram escondidos do público por meio ano, até que em 2 de julho o baht colapsou e a verdade veio à tona.

E se naquela época existisse tecnologia blockchain? Imagine este cenário:

Os títulos do Tesouro dos EUA e o ouro do banco central da Tailândia seriam mapeados em tempo real na blockchain, validados por APIs de instituições custodiante como o Federal Reserve de Nova York. Ao mesmo tempo, todos os contratos a termo, swaps e operações similares seriam registrados na blockchain, verificados por oráculos. A fórmula da reserva líquida estaria ali — ativos menos passivos, atualizada a cada 10 minutos.

Em fevereiro de 1997, se os dados na blockchain mostrassem que a reserva líquida da Tailândia já tivesse caído abaixo do limite de alerta, o que aconteceria? O mercado não precisaria esperar para ver a postura do banco central, empresas locais e bancos estrangeiros olhariam os dados e começariam a se autopreservar. O banco central não poderia mentir, sendo forçado a encarar a realidade antecipadamente.

Essa é a força da transparência — e também por que a prova de reserva na blockchain realmente pode mudar as regras do jogo.