Explicação simples do "Genius Act" dos EUA: Será que o dólar ficará ainda mais "dominador" no futuro?

Local time 18 de julho, o presidente dos EUA, Trump, assinou oficialmente a Lei de Inovação para Estabelecer uma Moeda Estável Nacional dos EUA — sim, aquela famosa “Lei Gênio” (GENIUS Act), que tem sido amplamente discutida na internet.

Você não leu errado, isso significa que o governo federal dos EUA, pela primeira vez, “coronou” oficialmente uma stablecoin vinculada ao dólar, permitindo que instituições financeiras regulamentadas emitam moedas digitais atreladas ao dólar 1:1 de forma legítima.

Se nos últimos dez anos o mundo das criptomoedas ainda estava em “crescimento selvagem”, a partir de hoje, uma era liderada pelos EUA, de “exército regular”, oficialmente começou. Como diz a manchete da ABC: “Trump assinou o primeiro importante projeto de lei de criptomoedas do governo federal.”

Isso não é apenas um projeto de lei, é como uma borboleta que bate asas em Washington, desencadeando uma tempestade financeira global que já está em gestação.

Por que a “Lei Gênio” é tão impressionante? Ela colocou o “motor digital” no dólar

Vamos usar uma linguagem simples para explicar o que exatamente essa lei regula e por que ela é tão relevante.

Nem todo mundo pode brincar, é preciso ter licença.

A lei deixa claro que apenas bancos e outras instituições financeiras autorizadas pelo governo federal ou estadual podem emitir stablecoins. Querem que empresas de tecnologia como Meta de Zuckerberg ou a de Musk entrem na jogada? Podem, mas precisam passar por uma instituição licenciada, sem tentar driblar a regulamentação. Em resumo, é um sistema de licenças, mantendo o controle da emissão nas mãos de quem tem autorização.

Quanto dinheiro é preciso ter para emitir uma moeda?

Implementa-se obrigatoriamente o sistema de “reserva de 100%”. Se você emitir 10 bilhões de dólares em stablecoins, seu banco deve ter em conta o equivalente em dinheiro líquido ou títulos do Tesouro dos EUA. Isso elimina o risco de impressão de dinheiro “do nada” e dá segurança aos usuários.

Seu dinheiro é seu, mesmo que a empresa que o emitiu quebre.

A lei estabelece proteção contra falências, exigindo que os fundos dos usuários e os fundos próprios da empresa sejam mantidos separados. Se a empresa quebrar, seu dinheiro tem prioridade de pagamento e não pode ser usado para pagar dívidas da empresa. Isso resolve a maior preocupação dos usuários: a segurança.

Bloqueia o caminho para o “dólar digital oficial”.

A medida mais drástica! A lei inclui uma cláusula contra o “dólar digital”, proibindo o Federal Reserve de criar uma moeda digital de banco central (CBDC) voltada ao público. Por quê? Porque eles não querem que o governo monitore todas as transações financeiras por meio de uma “conta superpoderosa”. A estratégia de Trump é: a digitalização do dólar deve ficar com o setor privado, enquanto o governo só regula e emite licenças.

Como comenta a revista financeira americana Barron’s, a importância dessa lei está em colocar de forma legítima algo que sempre foi controverso e de regulamentação ambígua sob a proteção da lei nacional.

Por que esperar dez anos e agir agora?

Muita gente pergunta: as stablecoins existem há quase uma década, por que os reguladores americanos ficaram “dormindo” até agora e só agora tomaram uma atitude?

A razão é simples: antes, não dava para controlar; agora, não dá mais para esperar. Se não agirem agora, será tarde demais!

No passado, o tamanho do mercado era pequeno, e a disputa entre os partidos políticos e a “nona roda” da regulamentação deixava tudo na zona cinzenta. Mas agora, a situação mudou completamente:

O mercado é enorme, e os riscos não podem mais ser escondidos. A circulação global de stablecoins atreladas ao dólar já ultrapassou 150 bilhões de dólares, tornando-se uma moeda forte no mundo das criptomoedas. Com esse volume, sem regulamentação, uma falha pode desencadear uma crise financeira sistêmica.

A competição geopolítica financeira é o verdadeiro jogo de xadrez. Os elites americanas perceberam que as stablecoins são, na essência, uma “extensão digital do dólar”, o melhor veículo para a hegemonia do dólar na nova era. Se esse mercado for dominado por entidades não estatais ou por outros países, a influência do dólar na economia digital será perdida. Com a União Europeia, Japão e outros países também desenvolvendo suas próprias regulamentações, os EUA precisam agir primeiro, estabelecendo padrões.

Por isso, vemos uma cena rara: nas votações do Congresso e do Senado, a lei foi aprovada por ampla maioria, diferente de outros projetos controversos. Isso mostra que, na questão do “hegemonia do dólar digital”, as duas partes chegaram a um consenso quase unânime.

“Efeito borboleta”: como uma lei pode agitar o mundo?

Com a assinatura de Trump, os EUA se tornaram a primeira grande economia a abrir caminho para as stablecoins. Seu “efeito borboleta” será profundo e irreversível.

Internamente, é um impulso para a economia doméstica. Mais fintechs vão se estabelecer nos EUA, e o mundo todo será incentivado a comprar títulos do Tesouro dos EUA como reserva, ajudando o governo americano a “levantar o chapéu”.

Externamente, é uma arma afiada de “estratégia positiva”.

Criando uma “máquina de colheita do dólar digital”: com o respaldo oficial do governo americano, as stablecoins atreladas ao dólar se tornarão uma ferramenta de pagamento e reserva mais popular globalmente. Isso significa que, no futuro, o fluxo de capitais mundiais dependerá ainda mais desse sistema de “dólar digital”.

Forçando o mundo a “pagar a conta”: a lei exige que as reservas sejam feitas em dólares ou títulos do Tesouro. Quanto maior a stablecoin, maior a demanda por títulos do Tesouro dos EUA. Isso funciona como uma forma de o mundo financiar o governo americano a baixo custo, aumentando a influência da política monetária dos EUA.

Pressionando outros países a “seguirem o exemplo”: os EUA abriram o jogo primeiro. Como resposta, outros países terão que acelerar suas próprias regulamentações, iniciando uma corrida global por controle de moedas digitais.

Claro, a opinião pública também entrou em ebulição. Como noticiado pela NBC, investidores estão animados, e o mercado de criptomoedas reagiu em alta. Mas, por outro lado, a Bloomberg publicou um artigo alertando que a “Lei Gênio” pode trazer riscos desnecessários ao sistema financeiro e aos consumidores, além de ameaçar a soberania financeira de outros países.

Resumindo, essa jogada dos EUA é uma ferramenta regulatória e uma carta na disputa global pelo domínio monetário. Ela marca o início de uma nova fase na guerra pelo poder financeiro mundial, além das moedas tradicionais, com um “campo de batalha digital” de alta dimensão.

Este grande jogo mal começou.

Ver original
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
  • Recompensa
  • Comentar
  • Republicar
  • Partilhar
Comentar
0/400
Nenhum comentário
  • Fixar

Negocie cripto em qualquer lugar e a qualquer hora
qrCode
Digitalizar para transferir a aplicação Gate
Novidades
Português (Portugal)
  • 简体中文
  • English
  • Tiếng Việt
  • 繁體中文
  • Español
  • Русский
  • Français (Afrique)
  • Português (Portugal)
  • Bahasa Indonesia
  • 日本語
  • بالعربية
  • Українська
  • Português (Brasil)